Milagre Eucarístico de PRESSAC
FRANÇA, 1640
No Milagre Eucarístico de Pressac, depois de um incêndio na igreja paroquial, o Cálice, que continha uma Hóstia consagrada, derreteu completamente. Dele só restou o pé sobre qual se formou uma bola de estanho que cobria a Hóstia que ficou completamente intacta. A Partícula Milagrosa foi consumada no dia seguinte, mas ainda hoje existem numerosos documentos que relatam o Milagre, além desses textos, na igreja de Pressac estão os vitrais que mostram as fases do Prodígio. O Milagre aconteceu na Quinta-feira Santa de 1643. Terminada a celebração da Missa, os fiéis regressaram às suas ocupações e o sacerdote colocou o Cálice no repositório, que permanecia guardado perto do Altar dedicado a Santa Virgem. Esse Altar era constituído por uma placa de mármore, coberta por um corporal e sustentado por 4 pilares de madeira. Atrás do Altar tinha uma pintura de um episódio Eucarístico. O Cálice estava coberto por um véu e aos seus pés tinham duas velas acesas.
Ao meio-dia, o sacristão fechou a igreja; mas, duas horas depois os vizinhos notaram uma fumaça negra e espessa que saía das janelas do templo; elas ficaram abertas por distração e provavelmente o vento intensificou as chamas das velas e isso acelerou o incêndio. Os vizinhos chamaram o sacristão para que ele abrisse a porta e assim pudessem entrar para verificar os danos. O repositório e o quadro estavam destruídos, restaram somente a mesa de mármore, o corporal e a base do Cálice, que ao derreter-se assumiu a forma de uma “gota de estanho”, dirá mais tardeo relatório. Em cima do pé do Cálice formou-se uma bola de estanho e debaixo dela estava a Hóstia que resistiu às chamas e ao derretimento do metal, ficando assim intacta. O Vigário Simon Sauvage foi ao lugar do Milagre e colocou o Cálice quente sobre o Altar Maior para mostrá-lo aos paroquianos. A Hóstia, levemente avermelhada nas extremidades, foi consumada na manhã do dia seguinte durante o Ofício da Sexta-feira Santa. Lembramos que a Liturgia prescrevia naquele tempo, que depois da Missa da Quintafeira Santa, somente uma Hóstia consagrada era conservada no cibório e colocada no Cálice coberto por um simples véu. O Abade d’Availles-Limouzine, Françoise du Theil, recolheu todos os depoimentos e entregou ao Bispo de Poitiers, Henri Louis Chastagnier de la Roche-Posay que autorizou o culto com um ato solene que dizia: “Os Mistérios sagrados são incompreensíveis se o esplendor da graça não ilumina os espíritos com a finalidade de elevar-lhes aos altos conhecimentos dos efeitos admiráveis da Potência de Deus. E para obrigar os homens a adorá-lO como é devido, a bondade inefável se manifesta às vezes de maneira extraordinária, operando Milagre na Igreja com a finalidade de confirmar a Fé Católica e confundir os erros dos espíritos infiéis”