Milagre Eucaristico de SANTARÉM 2
ESPANHA, 1239
O Entre os anos 1225 e 1247, havia uma mulher em Santarém que se sentia muito infeliz, porque o seu marido lhe era infiel. Querendo salvar o seu casamento, ouviu a sugestão de pessoas amigas e procurou a orientação e o serviço de uma feiticeira. A bruxa logo lhe prometeu sucesso, dizendo que ia mudar a conduta de seu marido, isto se ela seguisse as suas recomendações. Pediu que a mulher levasse uma Hóstia Consagrada. Diante do espanto da mulher, a feiticeira lhe instruiu dizendo que fingisse uma enfermidade e comunicasse a sua doença a Igreja, assim ela seria autorizada a receber a Comunhão durante a semana e teria a oportunidade de levar a Hóstia Consagrada para ela fazer o trabalho. A mulher ficou aterrorizada, porque sabia que aquele pedido era um sacrilégio. Por isso, permaneceu em silêncio, não disse nada. Saiu da presença da bruxa e por longo tempo não voltou, ficou pensando naquele pedido estranho e tentava solucionar a dúvida que afligia o seu coração. Por fim, imaginando a possibilidade de converter o marido e alcançar a sonhada felicidade que buscava para a sua vida matrimonial, decidiu e inventou uma grande mentira. Contou ao sacerdote que estava muito doente e precisava receber JESUS no Santíssimo Sacramento. O pároco concedeu a licença e ela foi receber a Sagrada Comunhão na Igreja de São Esteves. No momento da Comunhão, ela estava visivelmente emocionada e com um imenso drama de consciência. Ao receber JESUS Sacramentado na língua, não consumiu a Hóstia. Guardou-a e deixou a Igreja imediatamente, seguindo em direção a casa da feiticeira. Contudo a Partícula Sagrada começou a sangrar. Várias pessoas que passavam por ela na rua, notaram manchas de sangue em sua roupa e pensaram que ela estivesse com algum problema de saúde, talvez com uma hemorragia... Diante do acontecido, o medo tomou conta de seu coração. Decidiu não continuar com o projeto. Levou a Hóstia Consagrada para casa, envolveu-a num lenço bem limpo e completou a proteção com um tecido de linho branco. Depois, a colocou num baú que possuía no quarto de casal. Todavia, durante a noite ela e o marido foram acordados por uma radiação clara e brilhante que vinha do baú e iluminava inteiramente o quarto. Espantados e comovidos, viram dois Anjos abrirem o baú e libertaram NOSSO SENHOR EUCARÍSTICO daquela prisão. Sem palavras e admirados com aquele fato, viram o baú aberto, o tecido de linho arrumado e a pequena Hóstia branca bem no meio do lenço aberto. E diante daquela realidade, chorando e arrependida pelo pecado cometido, a esposa contou ao marido a verdade sobre o acontecido. Ambos chorando e emocionados passaram a noite de joelhos rezando diante NOSSO SENHOR EUCARÍSTICO, suplicando perdão por aquele terrível desatino. E assim então permaneceram em estado de vigília e de adoração. Na manhã do dia seguinte, apareceram na residência do casal diversas pessoas. Elas foram atraídas por lampejos e brilhos como se fossem pequenos relâmpagos, que saíam do telhado da casa. Repletas de curiosidade foram até o local para saber o que estava acontecendo. Foi então que conheceram o fato, narrado pela voz emocionada do casal e assim, testemunharam o notável milagre. Um padre foi convidado a comparecer e levou a Hóstia Consagrada em procissão para a Igreja. Por ordem superior, a Partícula foi colocada num recipiente e lacrada com cera de abelha. Dezenove anos depois aconteceu outro milagre. Um outro sacerdote abrindo o Tabernáculo notou que o recipiente cristalino que guardava aquela Hóstia, que foi lacrado com cera de abelha, estava com o lacre quebrado e a Partícula Sagrada tinha se transformado em Sangue do SENHOR, que estava visível dentro do recipiente cristalino fechado. As autoridades eclesiásticas em respeito, objetivando homenagear a Manifestação Divina, encomendaram um precioso Relicário onde colocaram o Milagre, que se mantém na Igreja do Santo Milagre, a visitação e veneração dos fieis. Desde aquela época até hoje, todos os anos, no segundo domingo do mês de Abril, o Relicário em procissão, percorre as ruas de Santarém, até a casa onde morava aquela mulher. Na mencionada casa, transformada em Capela Diocesana, construíram um bonito e respeitoso Altar .